Embaixadores de Dois Reinos: Missionários e Fronteiras na Região Amazônico-Caribenha

Autores

Eduardo Gusmão de Quadros

Palavras-chave:

Missionários, Amazônia, Literatura Religiosa, Religião, Literatura

Sinopse

Quando Robert Southey começou a redigir a primeira história crítica do Brasil, escolheu iniciar o livro pela Amazônia. Ele relatou, então, a “descoberta” da região por Vicente Yañes Pinzón (1981, p. 41). O paradoxo é evidente: o primeiro a encontrar a futura colônia de Portugal era um espanhol. Mas o escritor inglês acabou nos deixando um importante princípio, já que estudar a colonização amazônica é, realmente, inseri-la no processo de avanço das fronteiras lusitanas.

Tratamos nesta obra da contribuição dos missionários para a constituição e consolidação dos limites entre as duas coroas ibéricas. As missões eram “instituições de fronteira”, como escreveu Charles Boxer (1981, p. 92). Graças aos direitos do padroado, os reis podiam escolher quem iria para as Américas e onde ficaria estabelecido. Relativamente controlados pela política das metrópoles, os religiosos, entretanto, embarcavam motivados pela fé. Tinham por vocação fundamental a tarefa de expandir o Reino de Deus.

De que modos o reino político e o divino se sobrepunham no século XVIII? Esta foi a época em que os tratados estabelecendo os “reais limites” das colônias foram assinados. É, portanto, um momento privilegiado para compreendermos como se davam as relações entre os reinos temporal e espiritual. O espaço de análise escolhido está justamente na região de conflito mediando as bacias hidrográficas do Orenoco e do Amazonas.

Embaixadores de Dois Reinos Missionários e Fronteiras na Região Amazônico-Caribenha

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Publicado

December 1, 2010