Compreensão de Leitura: O Papel do Processo Inferencial

Autores

Marco Antônio Rosa Machado

Palavras-chave:

Interpretação de Texto, Leitura, Processo Inferencial, Pedagogia

Sinopse

Já é quase um truísmo nos estudos sobre a leitura e não constitui novidade afirmar que um texto, por um princípio de economia, não carrega toda informação que se quer comunicar por meio dele, pois grande parte dos sentidos do texto repousa no conhecimento partilhado pelos interlocutores. É no terreno desse não-dito mas comunicado pelo texto que se situa nosso trabalho, pois buscamos investigar o papel do processo inferencial na compreensão de textos escritos. E esse processo, como discutiremos detidamente no capítulo 2, resulta da combinação de conteúdos semânticos presentes no texto, mas não necessariamente expressos na superfície linguística.

Para desenvolver essa pesquisa fez-se necessário, inicialmente, explicitar o que entendemos por leitura, tarefa que buscamos cumprir no capítulo 1, a partir do confronto entre as teorias mais relevantes da área. Para isso, buscamos fundamentação teórica em Goodman (1967 e 1985), Smith (1989), Van Dijk e Kintsch, (1983), e Rumelhart (1980), que defendem que a compreensão da leitura depende de processos de “adivinhação” ou de previsão e que o conhecimento que temos do mundo não é armazenado de maneira caótica, mas organizado em esquemas mentais que (re)formulamos constantemente, a partir de nossa experiência. Assim, as concepções de leitura defendidas por esses pesquisadores dão sustentação teórica ao nosso trabalho, tendo em vista que o processo de compreensão de textos evolve, necessariamente, processos inferenciais, sendo, inclusive característica dos leitores fluentes a habilidade de fazer as inferências apropriadas a cada tipo de texto.  

Compreensão de Leitura O Papel do Processo Inferencial

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Publicado

December 1, 2010