Ensinar e aprender ciências em um presente e futuro de incertezas

Este livro merece atenção de docentes e estudantes em ciências. Aprender ciências é fundamental para a cidadania. As ciências fazem parte da vida do ser humano. Fenômenos naturais, físicos, químicos, biológicos, geológicos e outros estão sempre presentes em nossas vidas. Tais fenômenos são objeto de estudo das chamadas ciências da natureza. Certamente, existem outras ciências como, por exemplo, as ciências sociais e da saúde, mas quando é usado apenas o termo ciência, é usual que o significado seja aceito como relacionado a disciplinas como Física, Química, Biologia e Botânica.
Então, como foi dito antes, aprender ciência é muito relevante, para a cidadania e para a vida. Mas aprender ciência não é decorar fórmulas, reações, classificações, taxonomias. Infelizmente, na prática, isso ocorre muito no ensino de ciências e, via de regra, leva alunos e alunas a reações negativas a essas disciplinas e ao desenvolvimento de baixa eficácia em
ciências. Essa aprendizagem é chamada de mecânica e serve, basicamente, para a obtenção de grau ou nota necessária para aprovação em provas de “resposta correta”. Pouco resta dessa aprendizagem após as provas, após “passar” na disciplina.

Contrariamente, a aprendizagem que deveria ser alcançada é a aprendizagem significativa, isto é, aquela com compreensão, com significado, com a capacidade de aplicar, transferir, descrever, explicar novos conhecimentos. É um processo de incorporação substantiva e não arbitrária de novos conhecimentos à estrutura cognitiva do aprendiz, ou seja, do ser humano que aprende. A interação cognitiva entre conhecimentos novos e prévios é a característica-chave da aprendizagem
significativa.