História fetichista
Palavras-chave:
Instituto Brasileiro de Filosofia, Revista Convivium, História, Revolução passiva , Aparelho de hegemonia filosóficoSinopse
Este trabalho é a versão revisada da dissertação de mestrado que defendi no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade do Oeste do Paraná (PPGH/UNIOESTE), em 2009. Na época o trabalho foi recomendado para publicação, mas somente agora tive a oportunidade de transformá-lo em livro. Como concordo com o que escrevi naquele momento, creio que a publicação é justificada.
Recordo um dado fundamental que alimentou e inspirou esse trabalho: a preocupação de escrever a História do Brasil a partir da perspectiva gramsciana. Portanto, a influência indispensável para a nossa pesquisa veio de Antonio Gramsci e daqueles que adotam seu referencial. Desta forma, buscamos desvendar alguns dos meandros intelectuais da luta de classes, bem como pôr a nu algumas organizações de intelectuais orgânicos da burguesia.
O título se deve ao seguinte fragmento que encontramos nos Cadernos do cárcere: “O modo de representar os acontecimentos históricos nas interpretações ideológicas da formação italiana se poderia chamar ‘história fetichista’: para esta, com efeito, tornam-se protagonistas da história ‘personagens’ abstratos e mitológicos”. Cremos que, no Brasil, a intelectualidade orgânica da burguesia, ao ocultar a luta de classes, produz também uma história fetichista – é o que procuramos demonstrar nas páginas que seguem. As capas deste livro são uma homenagem à obra do escultor, operário, dirigente comunista e amigo Espedito Rocha (1921-2010).