Multitecas: de estantes e instantes

Neste novo século, a sociedade encontra-se em uma conjuntura de acelerada reconfiguração. Embora esse processo seja uma constante social, atualmente ele se apresenta de forma mais dinâmica e intensa.

Tais reconfigurações afetam todas as esferas. No contexto histórico e cultural, por exemplo, a sociedade está cada vez mais imersa em linguagens, tecnologias e influências diversas, advindas de novos processos comunicacionais.

Todo esse contexto evidencia uma realidade urgente: a necessidade de se refletir sobre o aspecto fluido do lugar na contemporaneidade. Nesta obra, o foco recai sobre a biblioteca – não apenas como espaço físico, mas como espaço cultural em metamorfose –, que assume novas formatações para atender seus usuários. Esses, por sua vez, também representam a mudança em curso, sem que se desconsiderem os aspectos formais e simbólicos do ambiente materializado.

Dessa forma, surge o conceito de Multiteca, oriundo da diversidade de “tecas” (coleções), com o prefixo “multi” indicando a superação dos limites dos conteúdos midiáticos. A Multiteca incorpora a conectividade como presença indelével, agregando múltiplas possibilidades de experiência, acesso e compartilhamento.