As aves também frequentam os parques urbanos

Contemplar os pássaros é um dos passatempos mais belos. São diferentes sons: uns mais agudos, outros mais graves, mas sempre muito afinados. Junto aos cantos, vem a beleza das cores em contraste com o verde da paisagem inspirando os poetas e trazendo-nos paz.
Sou grande apreciadora das aves e, em casa, sempre observo a chegada do casal de bem-te-vi tagarelando, como se quisessem me contar as façanhas realizadas pelos caminhos percorridos. Vejo com ternura o par de rolinhas recolhendo gravetos para a construção do ninho no galho da parreira. Olho com carinho os beija-flores buscando o néctar das flores no meu jardim.
Sabendo desse meu fascínio pelos pássaros, fui agraciada com o prospecto do livro “As aves também frequentam os parques urbanos”, resultado do trabalho árduo dos pesquisadores Luiza Borges da Motta Batalha, Daniel Vitor Alves dos Reis, Túlio César Steger Fernandes de Amorim e Gleidson Nunes Ferreira Diniz, alunos da professora Dra. Hélida Ferreira da Cunha. Esses jovens veem o voo das aves logo cedo, observando o balé matinal, ornamentando o céu com a orquestra em uma sinfonia matinal. Diante de tanta beleza e informações, percebi o quanto é importante conhecer
mais sobre os pássaros, ver sua moradia e ficar atento à preservação das espécies.

O pesquisador molda a realidade, injetando carinho no seu trabalho. Ele fica à espreita, aguardando o improvável, enfrentando obstáculos e recebe a gratificação pelo esforço e dedicação.

Ter em mãos o projeto do livro desses jovens me fez ficar mais atenta à beleza do voo e do canto dessas aves, sabendo que elas estão sempre no Parque Ipiranga e em outros bosques da cidade de Anápolis, proporcionando beleza às crianças que brincam, aos jovens enamorados, aos adultos em descanso e aos idosos nas calmas tardes de verão, quando vão encontrar os amigos para um jogo de dama.
Este livro é rico em informações sobre cada espécie que escolheu a copa dessas árvores como morada, alegrando os visitantes do local. Assim, passei a observar com mais atenção, captando a essência do seu canto e apreciando ainda mais o balé dos seus voos em meio às belezas do local.